sexta-feira, 4 de março de 2011

Wanessa abraça a causa da preservação da Mata Atlântica

Ela luta pela sustentabilidade também em casa, com o marido, ao evitar desperdícios

A cantora alimenta aves no Parque Ecológico de Barueri (SP) perto de sua casa

Mau humor, buzinaço e uma fila de carros que mal saíam do lugar nas ruas dos Jardins, bairro nobre paulistano. Em meio a esse caos, um braço sai da janela de um automóvel importado e larga uma garrafinha de água no meio da rua. Poucas coisas são capazes de tirar do sério Wanessa, 28 anos, e jogar lixo na calçada é uma delas. Ao ver a cena, a cantora saiu de seu carro, catou a embalagem no chão e devolveu ao dono dizendo: ''Acho que você deixou cair isso''. O homem fez cara feia, mas a cantora deu de ombros.

Para ela, cuidar do meio ambiente é uma questão de sobrevivência e bom senso. ''Gente que faz essas coisas é burra! Não percebe que entupir bueiro é arriscar perder o carro e até a própria vida?'', indigna-se. Essa conscientização nasceu cedo. ''Uma das minhas primeiras lembranças de escola é de uma professora dizendo que as florestas estavam acabando e que a gente precisava tomar cuidado para evitar essa tragédia'', diz a cantora. Na época, Wanessa, que nasceu em Goiânia, já morava em São Paulo com os pais, o cantor Zezé Di Camargo, 48, e a mãe, Zilú, 50. Ela adorava visitar os avós no sítio, no interior de Goiás. ''Gosto do campo, de subir em árvores. Até hoje, ter o pé na terra me traz inspiração'', diz.

S.O.S mata atlântica

Wanessa sempre acompanhou atenta as mudanças climáticas até que, em 2007, decidiu que era hora de colocar a mão na massa. ''Ficava inquieta ao perceber o clima se transformando, as catástrofes e eu só ali, de espectadora. Então resolvi batalhar para ajudar a preservar o meio ambiente'', diz. Em abril daquele ano, a cantora foi nomeada embaixadora da SOS Mata Atlântica. ''Minha função é divulgar ações da ONG, que ajuda a preservar essa floresta que tem menos de 10% de mata nativa'', conta.

O projeto predileto de Wanessa é o Florestas do Futuro, em que a pessoa acessa o site (www.florestasdofuturo.org.br), calcula quantas árvores são necessárias para neutralizar as emissões de gás carbônico e paga 15 reais por muda (o mínimo são três).

Cuidados em casa

Wanessa também adotou um cotidiano sustentável. Na casa dela e do marido, o empresário Marcus Buaiz, 33, em Alphaville, na Grande São Paulo, só entram produtos orgânicos. ''Eu que faço a lista de compras, então só consumimos frutas da estação, tudo sem agrotóxicos. Além de sustentável, é saudável. A gente se sente mais disposto e até a pele melhora!'', ela diz. A cantora também parou de comer carne vermelha. ''Não só porque há criações irregulares de gado, mas também porque ela é difícil de digerir.''

Em casa, marido e mulher têm o hábito de apagar a luz de ambientes vazios e desplugar as tomadas. ''Tenho um estúdio e vi que o modo stand by gasta horrores de energia.'' Eles também implantaram sistema de aquecimento por energia solar e reuso da água. Por exemplo, regam as plantas com a água usada na cozinha. ''Não sei quando terei filhos, mas sei que um dia, daqui a alguns anos, serei mãe. As atitudes minha e do Marcus são para que nossas crianças vivam num mundo melhor'', diz Wanessa.

Fonte: Contigo!

Nenhum comentário: